Educação para governo: o paradoxo da educação
Educação para governo: o paradoxo da educação

Educação para governo: o paradoxo da educação

Compreender que a origem do ensino da língua materna teve seu início a partir dos conceitos que foram impostos de cima para baixo é compreender que, no principio, a educação era destinada a poucos, como até recentemente, não sem razão exigia-se alguns padrões para o ensino.

E nestes, somente alguns atingiriam o ideal, pois era necessária a formação dos administradores do país, sob a égide de um ideal europeu ou grego de educação. Um país recente, do ponto de vista das civilizações europeias. Devido à necessidade de governo, formou-se classes para esse efeito. Dai, creio, surgir o conceito de república de bacharéis, pois eram estudantes em direito que foram exercer atividades jurídicas no Brasil, para, entre outras coisas, atender as necessidades jurídicas do país e, por que não, políticas. Tem-se dessa maneira, não só o ensino propedêutico, porém também um ensino humanístico para outra camada mais seleta da sociedade.

No entanto, o ensino exclusivo, não se sustenta mais, devido a vários fatores: crescimento populacional, avanço tecnológico, pressões sociais entre muitos outros exemplos. Dessa maneira, a profissão professor encontra-se em um paradoxo: pois deve negar a exclusão, porém é propagador dela. Isso acontece no momento que se deixa de ensinar ou demonstrar o caminho para o conhecimento, indiretamente a exclusão acontece silenciosamente. Dai a necessidade de conhecer e reconhecer a história, assim o profissional pode diminuir o efeito negativo de sua profissão e, caso faça ao contrário, não pode deixar de ser responsável, pois agiu de maneira premeditada.